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Dica das manas: Raya e o último dragão

Por Anne Paiva de Alencar


A dica das manas dessa semana é o novo filme da Disney, "Raya e o último dragão"! Já faz alguns anos que essa mega empresa, dona de praticamente todas as atuais franquias de sucesso (e também uma imperialista esmagadora de pequenas empresas independentes de animação) está tentando tornar seus filmes mais empoderadores para meninas e mulheres. Tem até pesquisas mostrando o impacto dessa mudança de filmes da Disney nas crianças e adolescentes. Podemos dizer que a Disney conseguiu MUITO mostrar pras meninas que elas poderiam ser protagonistas foda, mas esses filmes, mesmo que maravilhosos, ainda não conseguiam atingir os meninos. Acho que Raya vai conseguir quebrar esse padrão.


O novo filme da Disney permite que sua mais nova princesa simplesmente exista, sem sobrecarregá-la com a responsabilidade de provar que as meninas também podem ser poderosas. O filme em nenhum momento puxa esse tema ou faz comparações.


Situado na terra (de mentira) de Kumandra, o filme conta a história de uma jovem princesa guerreira, Raya, que está em uma missão para reunir o reino depois que ele foi invadido por monstros sombrios chamados Druun. Para fazer isso, Raya busca a ajuda do dragão de água Sisu, o último de sua espécie. Juntos, o par deve rastrear as peças distantes da gema do dragão quebrada, que, uma vez inteira, tem o poder de parar os Druun. No encalço de Raya o tempo todo está Namaari, uma princesa de um clã rival cuja traição a Raya quando eram crianças a levou a ter problemas de confiança.


A animação do filme é muito detalhada: o mundo de Kumandra é ricamente imaginado e lindamente representado, com uma variedade de criaturas curiosas (como o grande e adorável Tuk Tuk, tatu gigante de Raya) e divertidos companheiros humanos. Embora haja um monte de histórias de fundo e uma série de personagens para acompanhar, o filme não fica pesado.


Uma coisa que me causou estranheza foi que ninguém neste filme explodiu em uma música do nada. Apesar de eu amar as músicas da Disney, acho que essa foi uma estratégia (arriscada) pra tentar aproximar os meninos do filme. Mesmo sendo uma narrativa de aventura, cheia de armadilhas, ruínas de templos e joias antigas que desbloqueiam poderes sagrados, não há momentos musicais. Comparado com os filmes de princesa anteriores, essa obra parecia palpável e intensa, ao invés de alegre e cheia de música. Cadê meu let it go?!


Quando Raya luta, mostra aspectos de vários estilos tradicionais de artes marciais asiáticas. A espada que ela carrega tem origem filipina. Uma reclamação de pessoas asiáticas sobre o filme foi que, ao retratar um mundo que não existe, a Disney utilizou historias e objetos de diversas partes da Ásia, misturando elementos de varias culturas, o que pode gerar um apagamento geral da individualidade desses povos.


Outro ponto a ser tocado é a ausência de romance no filme. Confesso pra vocês que as primeiras imagens da Raya me lembraram muito da Korra e eu fiquei imaginando que ela e a Namaari terminariam o filme como um casal. Ainda não foi dessa vez, mas a história deixou espaço pra várias continuações.


Amamos o filme! É dinâmico e muito interessante! O que vocês acharam?

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