Desconstrução: Exercício Diário!
Creditos da Imagem: Marina Esmeraldo
Neste exato momento, existem milhões de mulheres procurando se enquadrar no padrão estético vigente, angustiadas pelo reflexo que vêem no espelho e desconectadas da sua própria essência.
Neste exato momento, existem milhões de mulheres desenvolvendo ansiedade, depressão ou pânico por não se encaixarem no que a sociedade entende como “certo” ou “bonito”.
Neste exato momento, existem milhões de mulheres sofrendo, procurando viver uma vida que não gostaria, consumindo algo que não queria e sendo algo que não se é em nome de dar respostas à pessoas que apenas julgam e impõem.
Ser mulher não é nada fácil. A sociedade imagina que a gente já nasça
com um pré-script de ser-mulher-mãe-professora-dona-de-casa, com um roteiro implantado nos nossos genes XX de saber limpar e cozinhar, ser mãe e trabalhar e ainda fazer tudo isso maquiada, cheirosa, feliz, com um sorriso no rosto SEMPRE. E não é nada disso. Ainda bem. Ser mulher é muito mais.
Sabemos que o nosso histórico social nos limitou a essa posição e por muitos séculos os lugares que nos cabiam eram esses, porém hoje, já sabemos que gênero não define comportamentos e que podemos muito mais.
Cada pessoa se posiciona no mundo da forma que melhor lhe caiba e tá tudo bem quanto a isso. É certo que a experiência em ser mulher é algo único e permeado de muitas particularidades mas como cada uma escolhe fazer uso dessas particularidades é muito pessoal e único. E ninguém tem nada a ver com isso.
A sociedade já é bem doente em fomentar o desejo em ser melhor em tudo e pouco receptiva aos erros e dessa forma, anulamos nossas características positivas, talentos naturais e autenticidade. É preciso desconstruir, todo dia, o padrão social vigente que nos instiga a competição e a comparação umas com as outras. É importante questionarmos os padrões estabelecidos e começarmos a nos olhar com carinho e afeto. Entendendo que existe espaço para todas, com seus corpos diferentes, cabelos diferentes, cores, tons, modos, olhos, formas e jeitos.
Ninguém nasce desconstruída, estamos todas no processo. Vamos juntas?